Caso aconteceu em Samambaia e levanta alerta para síndicos sobre gestão de conflitos e segurança em portarias
Um episódio de destruição e fúria chocou moradores de um condomínio residencial em Samambaia, no Distrito Federal, na noite da última segunda-feira (8). Um advogado de 46 anos destruiu parte da portaria do residencial com uma marreta após o portão eletrônico atingir seu carro, um Porsche 911.
De acordo com as imagens registradas por câmeras de segurança, o homem chega ao condomínio e posiciona seu carro para entrar, quando o portão automático fecha e atinge o veículo de luxo. Pouco tempo depois, ele sai do carro segurando uma marreta e começa a golpear a estrutura metálica da entrada, danificando o portão e parte da guarita.
Em um vídeo gravado por testemunhas, é possível ouvir moradores tentando conter o advogado, enquanto ele segue desferindo marretadas. Em determinado momento, uma pessoa grita: "Você vai ser preso!", mas ele ignora os apelos.
A Polícia Militar foi acionada e conduziu o homem até a 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia, onde ele prestou depoimento. Segundo a corporação, ele deverá responder por dano ao patrimônio.
Apesar do prejuízo, ninguém ficou ferido. A administração do condomínio registrou boletim de ocorrência e deve tomar providências quanto aos danos materiais causados.
O caso rapidamente se espalhou pelas redes sociais e ganhou repercussão nacional, levantando questões importantes sobre convivência em ambientes coletivos, controle emocional e responsabilidade em situações de conflito.
Situações extremas como essa exigem preparo, postura profissional e medidas preventivas. Veja algumas orientações para síndicos:
Assim que o incidente ocorrer, registre boletim de ocorrência e preserve as imagens das câmeras de segurança. Esses elementos são fundamentais em uma eventual ação judicial ou pedido de indenização.
Contrate um profissional para avaliar os estragos e elaborar um laudo com fotos, descrição dos danos e orçamento do conserto, garantindo documentação formal para cobrança do responsável.
Mesmo que o autor seja identificado no ato, é importante enviar uma notificação por escrito, informando sobre os danos causados, a responsabilidade pelo ressarcimento e as possíveis medidas legais.
Se o morador se recusar a arcar com os prejuízos, o condomínio deve acionar o departamento jurídico para cobrança extrajudicial ou judicial.
Após episódios de violência ou vandalismo, é recomendável fazer uma revisão nos protocolos de segurança, além de orientar os funcionários da portaria a não confrontarem indivíduos alterados.
Situações como essa podem abalar emocionalmente os colaboradores. Se possível, ofereça apoio psicológico e reúna a equipe para revisar como agir em cenários de risco.
Embora o comportamento do morador seja de total responsabilidade dele, o condomínio deve investir em manutenção preventiva dos portões automáticos, garantindo que sensores, travas e motores estejam funcionando corretamente. Portões com falhas ou mal calibrados podem causar acidentes e até gerar processos contra o condomínio.
Este caso serve de alerta para a importância de gestão de conflitos e convivência respeitosa em ambientes coletivos. A atuação do síndico vai além da administração financeira — ele também é um mediador de relações, e deve estar preparado para agir com firmeza e equilíbrio, sempre amparado pela lei.
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