Uso de máscara torna-se recomendação em Campinas.

Uso de máscara torna-se recomendação em Campinas.
Depois de anunciar a proibição da entrada de consumidores sem máscaras de proteção em estabelecimentos considerados essenciais, como supermercados e farmácias, por exemplo, a Prefeitura de Campinas afrouxou a medida e determinou que esses locais devem "recomendar" o uso do item aos clientes. A alteração foi publicada no dia 22/04 no Diário Oficial, data em que a regra da obrigatoriedade passaria a valer. O novo texto do Executivo também prorrogou o período de quarentena, acompanhando a estadual, até o dia 10 de maio.
 
O prefeito Jonas Donizette (PSB) explicou na tarde de ontem, em transmissão ao vivo realizada em uma rede social, que foi aconselhado a utilizar a palavra "recomendação" num primeiro momento.
"Foi uma reconsideração", enfatizou.
A eficácia da ação será analisada periodicamente pela Administração Municipal. Afirmou, porém, que se preciso for vai voltar com a palavra "obrigação".
 
"Espero que o abrandamento da palavra não abrande a atitude das pessoas", completou, reforçando que conta com o apoio da população e dos estabelecimentos. Jonas relembrou ainda que os trabalhadores desses serviços seguem obrigados a utilizar o EPI.
O chefe do Executivo informou ainda que vai contratar costureiras para fabricar máscaras caseiras que serão distribuídas para a população carente. Os cadastros começam a ser feitos hoje, pelo site da Prefeitura. É necessário ter Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou ser microempreendedor individual. Os valores a serem pagos serão estabelecidos com base nos realizados no setor.
 
Na manhã de ontem, grande parte da população que precisou sair de casa fazia uso de máscaras. Inclusive, em áreas abertas. Consumidores e comerciantes, entretanto, não estavam atualizados sobre a mudança realizada pela Prefeitura no que se referia à obrigatoriedade desse EPI dentro das lojas. Na entrada dos supermercados, ambulantes aproveitaram a oportunidade para vender o equipamento, que teve o preço inflacionado, saltando de cerca de R$ 2 antes da pandemia para até R$ 20.
 
No Dia Supermercado, na Avenida Marechal Carmona, na Vila São Jorge, todos os clientes e funcionários estavam de máscaras na manhã de ontem. Dois colaboradores da rede permaneciam nas portas orientado os consumidores que chegavam sem o EPI a não entrar. Eles iam embora e, segundo informado, retornavam posteriormente fazendo uso da proteção. Em todas as portas foram afixados cartazes explicando a então obrigatoriedade. Um cenário similar foi registrado na unidade da rede Oba Hortifruti, na Rua Vitoriano dos Anjos, no bairro da Ponte Preta.
 
Já no Pão de Açúcar na Rua General Osório, no Cambuí, em frente ao Centro de Convivência, um ambulante abordava os consumidores na cancela do estacionamento. Maria Gersina, desempregada de 58 anos, que reside no Jardim Campo Belo, porém, disse que vender as máscaras é uma chance imperdível para aumentar o orçamento familiar. A pernambucana dividia com outra ambulante a clientela do SK Supermercados, na Rua Eldorado, no Jardim Itatiba, às margens da Rodovia Santos Dumont (SP-075).
 
 
Dinheiro extra
 
"Meu esposo é aposentado e tenho uma filha que também está desempregada. Compramos uma casa recentemente e estamos enrascados. É isso (vender máscaras) ou passar fome. Eu estava fazendo em casa, mas fiquei com medo da conta de luz subir muito. Então, fui no Brás em São Paulo e comprei para revender. Antes, saía por R$ 5. Essas, vendo por R$ 10. Entre 8h e 12h, acho que vendi umas 30", disse.
 
Elias Ribeiro, caminhoneiro autônomo de 48 anos, morador do Jardim Santa Lúcia, considerou R$ 10 um valor absurdo, e, por isso, não entrou na loja.
"Vou procurar um mercado que eu consiga entrar sem", disse.
 
Justificou que não estava com o EPI porque está ficando em casa e só sai para comprar alimentos. Bruno Moreira, tapeceiro autônomo de 25 anos, que reside no Jardim Fernanda, também criticou o valor da máscara. Porém, adquiriu uma unidade por R$ 8 e entrou no supermercado.
"Cada um tem que se prevenir. Mas o uso não deve ser imposto por lei. Precisa ser por conscientização", argumentou.
 
 
 

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