Segundo síndico, desentendimentos com Alípio João Júnior se tornaram frequentes nas últimas semanas. Fazendeiro chegou a explodir uma bomba na varanda de um apartamento.
Síndico do prédio onde vive Alípio João Júnior, Ed Carlos Delarisce, disse nesta quarta-feira (16) que precisou contratar segurança particular para que os demais moradores do condomínio se acalmassem, após uma série de ameaças por parte do fazendeiro a alguns vizinhos.
Em um dos casos, Alípio ameaçou matar uma criança e, em outro, explodiu uma bomba na varanda de um dos apartamentos.
O prédio fica na região central de Ribeirão Preto (SP).
"Senhoras de idade passaram a não descer mais na portaria, com medo de usar elevador. Quando chega remédio, tem de subir, porque elas têm medo de [descer] buscar. Estamos com um segurança no prédio, mas eu não tenho segurança durante o dia todo. Não sei o que pode acontecer comigo e com a minha família."
Segundo Delarisce, nas últimas semanas, o clima entre moradores é de pânico. Em alguns casos, a situação afetou a saúde mental das pessoas.
"Não estamos trabalhando, não estamos comendo, não estamos dormindo, são coisas de terror. Não tem como conviver dentro de um prédio, com 48 apartamentos, tomando elevador com a pessoa, estando na área social com a pessoa."
Alípio foi preso pela Polícia Militar no fim da manhã desta quarta-feira, após a Justiça decretar sua prisão preventiva, mas o síndico teme que ele seja liberado em pouco tempo e retorne ao prédio.
"A Justiça espera que uma pessoa seja morta para prender. Depois de três meses, o cara vai lá, entra com um habeas corpus, libera a pessoa e ele volta para o nosso prédio."
Para o promotor de Justiça Paulo José Freire Teotônio, que acompanha o caso, Alípio não poderia estar vivendo em sociedade devido às constantes intimidações e ameaças.
Em junho deste ano, o fazendeiro já tinha sido preso por atirar com uma arma de pressão em um funcionário de um shopping, durante discussão por um ticket de estacionamento. Foi solto dois dias depois.
Alípio é investigado pelo Ministério Público pelos crimes de:
O MP também solicitou exame médico-legal para avaliar possível insanidade mental.
Na decisão que determinou a nova prisão, o juiz destacou:
"Além da gravidade das ameaças, como visto, de morte do síndico e de sua filha, bem como supostamente do vizinho do investigado [...], a somatória das penas máximas supera os quatro anos."
Moradores registraram B.O. por:
Relataram que as ameaças antes veladas, passaram a ser enviadas por mensagens de áudio.
Em uma delas, Alípio chama um vizinho de:
"bosta, pobre, anão, veado e gigolô".
O fazendeiro explodiu uma bomba na varanda de um dos moradores.
Em outra gravação, afirmou que mandaria matar a filha do síndico e explodir o apartamento de um vizinho:
"Se ele der uma batida hoje, vou explodir o apartamento dele. Se você der parte de mim, eu mando matar tua filha. Você tem filha, mulher. Cuida da tua família. Vou explodir duas dinamites lá. Prova que fui eu, fica lá filmando. Se você não mandar a multa que você me mandou para ele, em 30 dias, eu mando queimar você com tua filha dentro do seu carro."
Diante de episódios como o relatado acima, é fundamental que síndicos, moradores e administradoras saibam como agir de forma responsável e segura para preservar a integridade física e emocional de todos no condomínio.
Em qualquer situação de ameaça, agressão verbal, física ou perturbação da ordem, não hesite em acionar a polícia e registrar um boletim de ocorrência. Isso cria um histórico legal e fortalece eventuais medidas judiciais.
Gravações de áudio, vídeo, prints de mensagens e testemunhos são provas importantes. Sempre que possível, reúna registros das atitudes do morador agressor e guarde em segurança.
A administradora deve ser comunicada imediatamente. Dependendo da gravidade, é possível convocar uma assembleia emergencial para discutir ações coletivas, como reforço da segurança, acompanhamento jurídico ou medidas restritivas.
A legislação condominial prevê sanções para moradores que colocam em risco a convivência e a segurança coletiva. Um advogado poderá orientar sobre advertências formais, multas, medidas protetivas ou até mesmo ações de exclusão nos casos mais extremos.
Em situações de medo e tensão constante, a saúde mental dos moradores pode ser afetada. Avalie a necessidade de suporte psicológico coletivo, especialmente em casos envolvendo idosos e crianças.
A contratação emergencial de segurança privada pode ser uma alternativa válida em casos de risco iminente. Ainda que seja um custo extra, a proteção da vida deve ser sempre prioridade.
Orientar todos os moradores a evitarem interações ou provocações com o agressor. A exposição pode agravar a situação. Tudo deve ser tratado com respaldo legal e acompanhamento das autoridades.
Segurança é responsabilidade de todos. Síndicos e condôminos devem atuar de forma colaborativa e legal para manter a paz e a ordem dentro do espaço coletivo.
Se você vive ou administra um condomínio e passa por situação semelhante, procure apoio profissional jurídico, psicológico e policial. A omissão pode ter consequências sérias.
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