Inadimplência das taxas de condomínio cai 20% em SP em 2 anos

Executiva da Lello explicou que a queda é explicada por cenário econômico favorável

A inadimplência no pagamento de cotas de condomínio no estado de São Paulo caiu 19,7% entre 2022 e 2024, segundo a administradora de condomínios Lello.

De acordo com o levantamento, feito a partir dos dados de 3.500 condomínios geridos pela Lello em São Paulo, em 2024 o índice médio de boletos em aberto após 30 dias da data de vencimento ficou em 5,01% do total emitido, contra 6,24% em 2022. Em 2023 esse índice foi de 5,32%.

Já os boletos que permaneceram em aberto após 60 dias da data de vencimento representaram 2,14% do total emitido em 2024, contra 3,41% em 2022, representando uma queda de 37,4%. Já em 2023, esse índice foi de 2,26%.

Para Angelica Arbex, diretora de Marketing da Lello Condomínios, um dos fatores que explica a acentuada queda da inadimplência no período é o cenário econômico favorável, com a criação de mais postos de trabalho em São Paulo e em todo o país. Ela afirmou que o aumento da renda auxilia na quitação das despesas condominiais.

“A manutenção da inadimplência em níveis reduzidos é fundamental para o bom fluxo de caixa e a saúde financeira dos condomínios, evitando retiradas do fundo de reserva para pagamento de despesas ordinárias do dia a dia dos edifícios”, destacou.

Fonte: https://encurtador.com.br/vW2AY

O que fazer quando há inadimplência no condomínio? - Dicas Soluciona Síndico

Mesmo com a queda dos índices de inadimplência apontada pela Lello, o tema ainda merece atenção, especialmente porque afeta diretamente o caixa e a gestão do condomínio. Quando um ou mais moradores deixam de pagar a cota condominial, o síndico e a administradora devem agir de forma estratégica, respeitando os direitos legais, mas também buscando soluções que mantenham o bom convívio interno.

Qual é o papel do síndico e da administradora?

• Síndico: É o responsável legal pelo condomínio, e cabe a ele acompanhar a inadimplência, cobrar os moradores e autorizar medidas jurídicas, sempre com o apoio do conselho fiscal, se necessário.
• Administradora: Atua como parceira operacional do síndico. Ela controla os pagamentos, envia boletos e pode oferecer ferramentas de cobrança amigável ou jurídica, conforme o contrato e a orientação da gestão condominial.

Dicas práticas para lidar com a inadimplência:

1. Acompanhar mensalmente os índices de inadimplência
Acompanhar os boletos em aberto já nos primeiros dias após o vencimento ajuda a identificar rapidamente os inadimplentes e evitar o acúmulo de débitos.

2. Estabelecer uma régua de cobrança clara
Envio de lembretes automáticos, cobrança amigável (por telefone ou e-mail) e, em casos de atraso superior a 60 dias, notificação formal e possível encaminhamento para assessoria jurídica.

3. Estimular o diálogo
Muitos inadimplentes passam por dificuldades pontuais. Abrir espaço para negociação, parcelamento e acordos amigáveis pode recuperar valores e preservar o bom ambiente entre vizinhos.

4. Informar com transparência, sem expor
É importante manter a assembleia informada sobre a saúde financeira do condomínio e os índices de inadimplência, sem jamais expor nomes ou unidades específicas publicamente.

5. Acionar juridicamente quando necessário
Após tentativas amigáveis, o condomínio pode entrar com ação de cobrança judicial. Com base no novo Código de Processo Civil, o processo é mais ágil e pode até levar à penhora de bens ou bloqueio de contas do devedor.

6. Evitar usar o fundo de reserva
O uso frequente do fundo de reserva para cobrir inadimplência prejudica o condomínio no longo prazo. Por isso, ter um planejamento orçamentário e ações preventivas são fundamentais.

Com medidas eficazes, comunicação transparente e uma boa parceria entre síndico e administradora, é possível manter a inadimplência sob controle e preservar a saúde financeira do condomínio.