A Polícia Militar encerrou, na noite de terça-feira (11), o funcionamento de um bingo clandestino instalado dentro do histórico prédio do antigo 7º Cartório, na Rua Barão de Jaguara, no Centro de Campinas. O imóvel, bastante conhecido pelos moradores da cidade, vinha sendo usado indevidamente havia meses para movimentar jogos de azar.
Ao entrar no local, os policiais encontraram uma operação completa, incluindo:
A quantidade de equipamentos reforça que o bingo não era esporádico — tratava-se de uma estrutura profissional, montada e ativa há bastante tempo.
Segundo o boletim de ocorrência, funcionários afirmaram que o evento teria caráter social, alegando que a taxa de entrada de R$ 2 seria destinada à compra de cestas básicas. Disseram ainda que os valores arrecadados com as cartelas seriam utilizados para pagamento dos prêmios.
No entanto, mesmo com dezenas de computadores e máquinas de bingo no ambiente, a equipe insistiu que as partidas seriam realizadas “apenas com cartelas”.
Durante a abordagem, os responsáveis apresentaram um documento alegando ser uma autorização formal para o funcionamento. A PM constatou que a autorização pertencia a uma ONG da capital paulista, sem qualquer relação com o prédio, com Campinas ou com o evento — configurando uso indevido do nome da instituição.
No total, 78 jogadores estavam no local e foram liberados após prestar esclarecimentos. Já 16 funcionários devem responder por exploração ilegal de jogos de azar.
A PM estima que a atividade clandestina vinha ocorrendo no imóvel havia aproximadamente oito meses, período em que o prédio recebeu fluxo contínuo de pessoas.
A Polícia Científica foi acionada para analisar os dispositivos apreendidos, incluindo computadores, impressoras e sistemas de jogo. A investigação busca identificar:
Embora tenha ocorrido em um prédio histórico e não em um condomínio, o episódio traz lições importantes para síndicos, gestores e administradoras. Atividades clandestinas podem ocorrer em imóveis residenciais, comerciais ou mistos, e frequentemente passam despercebidas até que a movimentação se torne grande demais.
Aqui estão os principais pontos de atenção para o universo condominial:
Entrada e saída constante — principalmente em horários incomuns — é um dos primeiros sinais de que uma unidade pode estar sendo usada para fins irregulares.
Equipamentos elétricos, computadores em grande quantidade e cabeamento extra podem indicar atividades comerciais clandestinas ou não permitidas.
Locais usados para jogos clandestinos, apostas ou eventos não autorizados podem atrair pessoas desconhecidas, risco de furtos e até formação de dívidas entre frequentadores.
Dependendo da atividade ilegal exercida dentro da unidade, o condomínio pode ser citado como corresponsável se houver omissão comprovada.
O caso reforça a necessidade de:
Ao identificar anormalidades, síndicos devem acionar a PM ou a Guarda Municipal — assim como ocorreu no centro da cidade.
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